Dia 15 de outubro Academia Brasileira de Reumatologia (ABR) completou 44 anos da sua fundação, em 1981, no Rio de Janeiro. Dia 18 de outubro é o dia do médico.
Temos em outubro, portanto, duas datas que ampliam o significado deste mês para a nossa especialidade e para a Medicina como um todo: a fundação da Academia e data dos médicos, no Brasil
Fundação da ABR
No dia 15 de outubro de 1981, no Rio de Janeiro, foi formalmente constituída a Academia Brasileira de Reumatologia. Na ata de fundação figuram como fundadores natos os médicos Dr. Caio Villela Nunes, Dr. Jacques Houli e Dr. Waldemar Bianchi. Vale o registro de que o reumatologista Dr. Israel Bonomo participou do movimento de fundação da Academia, mas faleceu antes da sua assembleia de constituição.
A Academia representou a institucionalização de um projeto de reunião, compartilhamento e difusão de conhecimento da reumatologia no Brasil. A ABR é, neste sentido, uma guardiã da memória dos médicos que constituíram e fizeram a reumatologia brasileira, reconhecida em respeitada em todo o mundo.
Por 44 anos a ABR tem mantido o propósito e a missão de construir e guardar esse legado: da pesquisa, da formação, da reflexão epistêmica e do cuidado com a história da reumatologia e a medicina do Brasil.
18 de outubro, Dia do Médico
Em 18 de outubro é celebrado no Brasil o Dia do Médico, em homenagem aos profissionais que dedicam sua vida à ciência, ao cuidado e à cura. A escolha da data tem base tradicional cristã: esse dia coincide com a festa litúrgica de São Lucas, que, segundo a tradição, teria sido médico, e é considerado padroeiro dos médicos.
Mais do que uma efeméride, o Dia do Médico é o momento para a renovação do compromisso com os valores que sustentam a Medicina — ética, competência, vocação e serviço.
Simbolismo importante
A coincidência dessas duas datas — a fundação da ABR e o Dia do Médico — confere a outubro um significado especial para a reumatologia brasileira.
Ao celebrar a fundação da ABR, lembramos a jornada institucional, os fundadores, os valores acadêmicos e científicos que moldaram a especialidade no país.
Ao reverenciar o Dia do Médico, reconhecemos que, em última instância, toda especialidade médica — inclusive a reumatologia — está alicerçada na missão do médico como profissional da saúde e para a vida na sua plenitude.
Torres Homem
Na medalha da Academia Brasileira de Reumatologia está o médico Torres Homem, patrono da Reumatologia Brasileira.
João Vicente Torres Homem nasceu no Rio de Janeiro em 23 de novembro de 1837, e faleceu na mesma cidade em 4 de novembro de 1887.
Atuou em um período de transição na medicina brasileira: o século XIX, sob o Império, quando a medicina acadêmica se consolidava no país.
Na clínica interna e no ensino, suas lições cobriram um amplo espectro: das doenças respiratórias e cardíacas às neurológicas, febres epidêmicas, higiene pública e — o que nos interessa em especial — às formas de reumatismo. Por exemplo, ele tratou de “Reumatismo articular” e “Reumatismo visceral” em seus volumes clínicos.
Por esse conjunto, a Academia Brasileira de Reumatologia (ABR) reconhece-o como Patrono da Reumatologia Brasileira.
Seu legado vai além da clínica e do ensino: representa a institucionalização da medicina especializada no Brasil, o vínculo entre ensino, prática e especialização — algo fundamental para a construção de especialidades como a reumatologia.
Aos acadêmicos e acadêmicas e a toda a comunidade médica, a ABR registra o seu aplauso, homenagem e reconhecimento.
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